domingo, 21 de novembro de 2010

AKIBA o Point dos otakus em Tókio

Depois do término da Segunda Guerra Mundial, Tokyo encontrava-se em ruínas e por toda a cidade surgiram espontaneamente várias feirinhas de comércio informal. Uma delas ficava em Surugadai, perto da estação Ochanomizu, e era um pouco diferente porque as barracas vendiam produtos relacionados com eletricidade e eletrônica, em especial, peças de rádio.

Em 1951, essas barracas de Surugadai foram transferidas para baixo do viaduto da estrada de ferro ao lado da estação Akihabara e foi assim que começou a história do famoso “bairro eletrônico” da capital, desde então a principal vitrine no Japão dos produtos hi-tech.

Naquela época, era muito comum as pessoas comprarem peças e montarem o próprio rádio. Por isso, cada vez mais foram se juntado lojas especializadas nessa área e o comércio de eletrônicos se expandindo. Ainda hoje existe essa estrutura de “barraquinhas” dentro de alguns prédios vizinhos da estação.

A Expanção dos eletrônicos
Depois do rádio, teve o boom dos televisores, incentivado pela transmissão do casamento do atual imperador, em 1959, e da Olimpíada de Tokyo, 1964. E Akihabara era o endereço certo para adquirir o aparelho junto com todos os acessórios necessários para a instalação.

Em seguida, foi o boom dos eletrodomésticos. Além dos televisores, as indústrias começaram a desenvolver diversos tipos de aparelhos que facilitavam o trabalho doméstico e, com a economia japonesa em franca ascendência, a população tinha poder aquisitivo para corresponder aos apelos e adquirir em massa as novidades do mercado.

Em 1976, a empresa NEC instalou em Akihabara a primeira loja do país especializada em computadores: um novo marco de pioneirismo hi-tech. Com a popularização dessa revolucionária tecnologia, o bairro voltou a ser um pouco do que era no início. Agora seriam as lojas que vendem peças de computador que iriam atrair novamente um público aficionado em montar o seu próprio PC.
De boom em boom, o comércio de eletrônicos em Akihabara foi dando saltos e antecipando o futuro. A grande expectativa do momento está relacionada com a área da robótica. A capacitação de máquinas em analisar situações através de sensores e reagir automaticamente de acordo com o programa instalado já está sendo largamente utilizada na indústria e em breve deverá invadir os lares e apoiar as pessoas no dia-a-dia.

Podemos ver exemplos surpreendentes na loja Tsukumo Robot Ōkoku. À primeira vista, pode-se cair no erro de pensar que os robôs que ali estão à venda são apenas brinquedinhos sofisticados que reproduzem movimentos parecidos com os dos seres humanos, mas uma análise mais atenta identificará uma série de avanços tecnológicos de arrepiar.


Diariamente, na Tsukumo Robot Ōkoku se faz demonstração de alguns desses robôs de última geração que vale a pena conferir. Nos dias de semana acontece sempre às 18h30 e nos sábados, domingos e feriados, às 13h, 15h e 17h. A loja também comercializa tudo o que é necessário para se montar um robô, de manuais a peças e ferramentas.

 
Mundo dos Otakus

 Nestes últimos anos, Akihabara também está ganhando uma outra face baseada na subculture do manga, anime e videogame. Nos domingos e feriados, a partir das 12h, a avenida Chūōdōri é fechada para os veículos. Ela vira um amplo calçadão e também palco de jovens que se fantasiam como personagens desse mundo de duas dimensões e que ficam posando para fotografias.

Uma loja que representa bem essa nova tendência no “bairro eletrônico” é a Kotobukiya. Os seus produtos são bonequinhos e miniaturas de personagens de histórias em quadrinhos, filmes, animações e videogames. Aqui também é surpreendente ver que o número de aficionados é muito maior do que se imagina.

Fonte:Curtindo o Japão

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